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Ciclo dos 1700 Sonetos (54 de amostra)
Ciclo dos 1700 Sonetos (54 de amostra)

 

Soneto 001: Sinopse

 

Ao introduzir os primeiros argumentos deste volume de sonetos,
Quero esclarecer, que as histórias são tiradas da realidade:
Onde algumas inspirações expõem assuntos com caráter de idoneidade!
Mas outras inspirações, desengonçadas, com caráter bastante burlesco!... 

 

São mil e trezentos sonetos expondo inspirações diversas,
Dentro de um contexto, a cada qual, com seus assuntos no ingresso...
Quem lê um soneto tem em mãos um ingresso para assistir uma remessa,
De sentimentos com suas sensações recatadas ou desleixadas...

 

Este ciclo de Sonetos tem por si o gênero (poesia) e está composto
De ficção e de realismo, com suas emoções privadas ou liberais...
Disponibilizando aí, a sensibilidade nos conflitos amorosos e sociais.

 

Alguns textos de sentido idôneo – recatados ao misticismo e exemplos
De vida boa e equilibrada, mesmo com as dificuldades materiais!
E tem tudo em haver com a vida do escritor – na reflexão do seu tempo.

   

Soneto 002: A morte de Leonel
 
Profundamente, iludido, vaidoso com o trato de acabamento...
O velho Leonel sentia-se imensamente enxuto, aos setenta anos:
Coitado do Leonel estava com um espírito de moço, tudo engano!
Pois, quem viveu até ai, está em fase de arredondamento...

 

Algum fecha o valor com moedas maiores (e até chega mais pra frente).
Mas no geral, com mais algumas moedinhas, se faz o fechamento;
E daí, então: abotoa de vez o paletó do falecimento:
Pobre Leonel parecia um mocinho fazendo aventuras de entretenimento.

 

De repente, um ai-ai... Um gemido... Um grito de dor no arrebento:
Pronto, lá se foi o meu amigo pra cidade dos pés juntos,
Logo assim que He arrebentou a triste nota de falecimento.

 

Sei que esta nota posta no jornal da cidade, não lhe agradaria nunca,
Se pudesse ler e comentar... Ninguém quer de repente virar presunto...
Profundamente iludido lá se foi o meu amigo pra cidade dos pés juntos.

 

Soneto 003: Juca e Juvenal

 

Juca e Juvenal (eram dois barris de cachaças) levados pelas patas...
Zanzavam pelas as ruas num derrapa mento incrível!...
A garotada tinha aquilo por diversão “ao vivo!”: Era horrível,
Mas uma situação inevitável de cenas vivas, de álcool na lata!...

 

Zanzavam pelas as ruas num derrapa mento incrível e sagaz!...
O asfalto e as calçadas pareciam estar molhados de óleo Diesel:
 Juca e Juvenal: eram dois barreis de cachaça, e aquilo era horrível,
Mas incrível pra garotada do campo rua, que grudava como tenaz,

 

Ao vicio do futebol. (...) Os pestinha chutava propositadamente,
A bola pra cima dos dois, só pra ouvir a revanche do desacato,
Falando aquelas asneiras, desequilibrados, sobre as suas patas...

 

Juca e Juvenal, só morreram depois dos oitenta anos de idade:
Dizem que a pinga mata e o espírito dá linha na pipa...
Mas, este ditado não funcionou com aquelas duas pipas (de pinga).
 
Soneto 004: Caminho em que, passou Jesus.

 

Quis o homem ser Deus e não deu para ser, nem um e nem outro,
Pois fora reprovado até naquilo que parecia que era: Homem!
Mas Jesus Cristo sendo Deus se fez homem,
E fora chamado de – Verdadeiro homem e Verdadeiro Deus!

 

O homem quis o reprovar também, mas ficaram reprovados,
Pois o tal ressuscitou triunfante ao terceiro dia! E esteve na terra,
Por quarenta dias: manifestou-se aos apóstolos, que estavam em guerra...
E outros que eram apenas discípulos e tinham se consagrado!

 

Ele foi aprovado pelo Pai e assentou-se a Destra do seu Poder,
Para Governar Os céus e a terra. Agora tem o seu Trono de Luz,
E os corações daqueles que o receberam, depois da sua morte de cruz...

 

Porque muito ainda o tem, por Jesus morto, não sabendo compreender,
De que o símbolo cruz era para os malditos (e não souberam compreender):
Por isso, ele passou por ali... Sabendo sair, pelo poder da ressurreição.

 

Soneto 005: O bom caipira
 
Cássio cuspia em todo o terreiro de suas casas caipiras, cheias de grilo:
Ele foi um homem bom, mas porco - no vicio do cuspe e catarro...
Dona Flor sua mulher, vivera fugindo de cada um, de seu esbarro...
O peste não tomava banho nem que a vaca tossisse (putsch grilo!).

 

Cássio caipira – porco, mas bom! Enchia o coração e o carrilho
De muita gente atribulada de espírito e dispensa vazia...
Ele tinha o dom das palavras consoláveis que fazem terapia...
E a mão aberta pela a caridade para matar a fome alheia, em peguilho...

 

Cássio cuspia em todo o terreiro de suas casas caipiras, cheias de grilo:
E creio eu, que no plano espiritual, fora um grilo no sentido, Luz!
Pois alumiava os caminhos de que estava apagado em trevas, sem jus...

 

Mas dele saia palavras per doadoras que fazia o tal, ao direito jus!
Cássio tirava das almas pesadas, a consciência embreada nas trevas...
E ainda tirava barrigas da miséria, em contínuas levas... (Isto que é Luz)!

 

Soneto 006: Cidadão ócio
 
Cidadão ócio é aquele que só coça e coça... E, disporá o troço:
Fala mal do Governo, do parentesco e vizinhos;
E quando o seu ouvinte vira as costas... Arranja outro ócio,
Repete aquele mesmo roteiro, acrescido do último bosta!...

 

É assim que falam, ao ouvidor imediato, do ouvinte penúltimo...
E do ouvidor imediato para o seguinte...
Eu duvido que tenha alguém, que já escapou dessa fila de requinte!
Atendido por um, desses desocupados da língua compridas, inúteis!

 

Cidadão ócio é aquele que só coça e coça... E, esgarça o troço:
Fala mal do Governo, do parentesco e vizinhos;
E quando falam dele, ai muda de coceira e coça o...

 

O idoso aposentado não deve ser visto como um cidadão ócio,
Já que trabalho muito – e agora é jus, de que coce até que possa!
E conte suas histórias recheadas por mentiras, que tudo engrossa.
 
Soneto 007: O cego

 

O azul do céu ainda tem a mesma beleza infinda!
Em que um dia os teus olhos viram, achando lindo!
Quando lhe pôs, em cada pupila, o seu azul imaginário...
- Se agora a cegueira não o deixa ver, memorize no decifrário...

 

Ainda poderá vê-lo azul ou de outra cor qualquer...
Assim como o preto cobriu os teus olhos da luz que tiveste!
O azul do céu cobre a nossa visão da dimensão celeste...
E no conceito humano decifram aquilo que bem quer...

 

O conceito humano ainda é cego quais os olhos que não veem!
Aprendemos muitas coisas do raciocínio decifrário,
Introduzidos nos estudiosos e pesquisadores, não otários!

 

O azul do céu ainda tem a mesma beleza infinda!
Qual o poder de Deus que parece imaginário, mas existe!
A repor a visão ou virtude do alívio para que não sejas triste!

 

Soneto 008: Nossa atmosfera

 

O horizonte chora... A inevitável desglória,
De ter que suportar: O perverso tinido do vibrado,
Desses destemidos aviões a jatos,
Que passam quais tiros de bala, exibindo glórias!

 

O horizonte chora... E fica horrorizado...
Ao suportar a poluição química nos rins...
Que sobe e penetra até os confins...
Com o seu fedor de gaga congestionada...

 

O horizonte azul está bolorento...
Pela gaga em que o vento,
Empurra para os ares com excrementos...

 

- Contaminando o espaço de todo mundo,
Com sua caatinga profunda,
Que ninguém mais aguenta!

 

Soneto 009: A tua ausência

 

Há uma tristeza sem lágrima no meu olhar...
E há uma lágrima clamando pra chorar...
Há uma alma presa nos meus sentimentos...
E sentimentos presos querendo voar...

 

- Onde está você agora, pra eu lhe amar?    
O celular já me cansou os ouvidos e as mãos...
Estou cansado de vasculhar,
Sombras de informação...

 

Hoje é dia de sol, estou louco pra te ver!
Estou querendo descer ao mar,
Pra pegar ondas e amar você.

 

Diga-me pra onde você foi... Onde está?
Você sabe muito bem o número do meu celular.
Dê-me pelo menos uma chance de te amar!
 
Soneto 010: Amores separados

 

Quero ouvir a sua voz esticada no meu ouvido,
Daí do esconderijo de onde está...
Há uma alma aqui, presa nos sentimentos,
Querendo voar.

 

Manda-me pelo ao menos a tua voz,
Como uma doce consolação!
E depois, me traga o teu corpo inteiro,
Pra matar a sede desta minha paixão!

 

Há uma tristeza sem lágrima no meu olhar...
E há uma lágrima clamando pra chorar...
Há uma alma presa nos meus sentimentos...

 

E os sentimentos presos querendo voar...
- onde está você agora pra eu lhe amar?
- sei que também esta presa a me esperar!

 

Soneto 011: Os costumes humanos

 

Orê, orê... Eh, eh, eh!... Viva, o tabaco e o tabagismo!
Todo mundo está fumando: negro, mulato, branco e índio!
Os índios batem as tabacas e queima os tabacos, sem a mídia...
O resto consome as drogas e tabacos pra encher, o saco do lirismo...

 

Fazem amor, brigas e assaltos dentro de um raciocínio excremento...
E nisso, gastam os miolos, as pazes e os reais do sustento:
- O ser humano tem cabeças de vento, drogas e fumaças...
- E os mais conscientizados, fumam e bebem a danada da cachaça

 

Orê, orê... Eh, eh, eh! Viva, o ateísmo e o misticismo!
Índios e turbas de raças... Engolem as crenças ou desfaçam...
Mas há sempre aqueles que são ateus misturados na massa...

 

A mídia vê tudo isso!... Engole e vomita do estomago postiço...
E os telespectadores e ouvintes pegam de volta os vômitos...
Fazendo circular nos comentários uma mistura de glória com enguiço...

 

Soneto 012: Homem feio só vê os aviões

 

Aquele que olha para o horizonte com os olhos de elefante...
Acaba por forçar a tromba e a esmorecendo qual um barbante...
O olhar que muita mira se embaça e engole ciscos,
Pondo-o, ao auxílio de sopros de bocas, que o punha em riscos...

 

Pois a boca sopra e sopra tanto...  Que os cuspes chegam a esguichos...
O individuo fica de olhos vermelhos e doídos: pense nisso!...
E daí, o cisco não sai... E o horizonte valha...
E o individuo de olhos entupidos e tromba mole... Encalha!

 

Aquele que olha para o horizonte com os olhos de elefante...
Acaba por forçar a tromba e a esmorecendo qual um barbante...
É que lá em cima há tantos aviões!... E aqui em baixo: tarados na mão...

 

Que, aqueles que não encalharam, está se virando com os canhões!
Enquanto elas lhes tiram os ciscos e põe colírio nos vermelhões...
Mulheres canhões endurecem trompas e mata sedes com bundas d’ água!
 
Soneto 013: Pescadores mirins

 

Essas miniaturas de gente sem querer nos ensinam!
Com seus espíritos alerto em leques ligeiros!
Sobre os lombos das cavalgaduras vão de morro acima
E descem encarrapitados gritando nas ribanceiras...

 

Vão rindo e gritando sobre os pelos das cavalgaduras,
Que parecem, anjos de cavalos, destemidos de apuros.
São diabinhos inocentes com asas voadeira,
Driblando todo o perigo... Descendo as ribanceiras.

 

Esses pestinhas, moleques e homens mirins,
Têm o maior prazer de sacanear os pobres cupins...
Para cevar os peixes nos poços do rio pesqueiro.

 

Os homens mirins sacanear os pobres cupins,
Pra cevar os peixes nos poços do rio pesqueiro:
- Depois sobem felizes! De cestos cheios (de peixes).

 

Soneto 014: Desejos aéreos

 

Quando eu estou distante de ti, te desejo!
Mas, quando estou perto, tu me gelas...
Pelas as friezas dos abraços e beijos;
Que fecha a minha entrada em tua cancela...

 

Pode ser que ainda tu me amas,
Da mesma forma que lhe amo e quero!
Quando estás sozinha acende-te a chama...
Mas, quando me vê te quebra toda a espera...

 

Se, é assim o nosso melindroso caso!
Composto de uma repulsão tão colossal!
Para quê vivermos o abuso do descaso...

 

Vamos viver, separados e distantes,
Para quebrarmos a força desses mal.
E quem saiba! Outro amor de implante.

 

Soneto 015: Suyane: doce, morena!

 

Suyane é morena dos olhos faceiros,
Que voa como uma pomba sobre as ribanceiras...
Ela não nasceu para ser depressiva,
Nem tampouco uma mulher agressiva:

 

- Ela me ama e me carrega as suas alturas...
Longe dos poços depressivos, em lama...
E longe dos desamores em sepulturas,
De quando se morre uma paixão em chamas!

 

Suyane é mais leve que uma bomba...
E mais agarrada que uma grande amante!
Ela se mistura tanto no meu eu, que anda...

 

Ela dentro do eu, qual, dentro dela eu ando...
Uma boa e doce morena, tão bela assim!
Sei que igual nunca mais terei pra mim.
 
Soneto 016: Sentimentos de um cantor

    

Se, ao término do show eu deixo, em vossos olhares,
O fosco desbrio pela a minha ausência,
 Levando o presente brio de uma acedência...
Dada por vós pelos os aplausos, os milhares...

 

- Aplausos de fãs que se entristecem com os finais,
Dos shows – porque curtem os meus trabalhos!
- Sabei, pois que também levo comigo como agasalhos...
Os vossos aplausos, pulos e gritos colossais!

 

Vós preenchestes-me muitas vezes, o coração vazio...
Contristado pela solidão que nunca desistiu,
De afrontar com alguns pensamentos banais.

 

Se, a minha presença vos enche de anergias,
Também vós me preencheis de alegria!
 - Que Deus nos conserve nessa virtuosa magia.

 

Soneto 017: Uma pedra perdida

 

Se, essa doida paixão te adoece tanto assim, os teus olhos...
Ponha-lhe bem depressa ó menina (nos olhos os entolhos)
E resguarda-te da luz da realidade;
Porque logo saberás o que significa: “Fidelidade!”.

 

- Fidelidade de um homem que realmente ama a sua mulher!
E não trai a Deus e nem a ela!
(Que jamais trocará a sua costela):
- Sabe ser, homem! E sabe ser, servo sincero, como Deus o quer!

 

Bota logo os entolhos nos teus olhos...
Porque a luz dessa realidade vai doer!
E eu lhe prezo, para não vê-la sofrer.

 

Se, não acreditas no que estou lhe falando,
Vai ser bem pior pra você ó menina: o aviso não é banal!
- Vê se aprendas de uma vez por todas: que há homem especial.

 

Soneto 018: O escritor anônimo

 

[...] Sou um homem comum jogado ao universo...
Porém sabendo eu, que sou!Vejo-me no anverso,
Da moeda em que sou: O esculpido com fulgor!
Da efígie da vocação que tenho de escritor!

 

Se ainda não viram, verão...
O anverso da moeda que oculta a tutelar vocação;
Que está registrando inúmeros pensamentos...
(Apreendidos e descritivos nos intuitivos momentos).

 

Os meus escritos estão sob o solo da sociedade:
- Onde rasgo a terra e me aprofundo em alicerce...
Que pelo o querer de Deus e o meu se exerce!

 

Sei que sou o escritor, na vocação que Deus estabeleceu!
Mas, deixou-me a critério do livre arbítrio!
Que com certeza eu quero ser o que ele me ofereceu!
 
 Soneto 019: O pequeno archote

 

O pequeno archote é um menino peralta à beça!
Que está sempre aceso para iluminar,
A dormente extroversão escolar...
- Na escola ele é um anjo e um peste! Crês tu, nessa?

 

O pequeno archote é tão extrovertido e pertinente:
Que mesmo que a professora tranca a cara no mais garrido,
Ar de severidade é tempo perdido!
Pois ele consegue penetrar o seu humor até vê-la contente!

 

Uma vez, mesmo ele sabendo!Que a severa Diretora
Estava de luto do falecido marido: ele olhou-a e disse assim:
- Eh, diretora! Acho que a Senhora está coberta de arbim...

 

- O que é isso? Exijo duplo respeito: Sou uma Diretora de Luto!
- Exatamente Diretora! Arbim é um tecido de lã preta,
Que se usava antigamente como luto. (Ah! Sei... e riu-se).

 

Soneto 020: Adversidade das paixões!

 

Vi os teus olhos engodados de amor,
Por quem não merece nem te ouvir...
- nem sabes como és importante para mim:
- tu és uma dama rainha, doce ideal, enfim...

 

- és digna de ser feliz comigo! – tiram lhe os entolhos,
Desses olhos engodados de paixão...
Pois a quem olhas e põem os teus lindos olhos!
É mais um galanteador espertalhão...

 

Oh! Doce mulher, dos olhos meigos adocicados:
Porque, olhas tanto assim a um monstro humano,
Dos olhos turvos e ressecados?...

 

Sei que nunca chorará pelos teus sentimentos
Desfrutará do teu corpo inteiro com fajutos sentimentos.
Escuta-me! Olhas pra mim! Eu te amo!

 

Soneto 021: Amor proibido

 

Leve como as plumas nitentes,
São os teus sonhos atentos!
E ruflante sob o eminente!
Autopoder dos pensamentos.

 

Se, não pensasse com juízo, não ruflarias,
Os teus santos sonhos pelos ares...  Ó Elis!
Mas, se os teus sonhos te fazem feliz!
Ao decolar tão alto assim a celeste hospedaria.

 

Pobre de ti e ai de mim!
Pois, se é isso que a faz deter, a trave da cancela...
Tão leve e temerosa... A divina tutela:

 

- Aos nossos desejos se decreta o fim!
- Não serei tão atrevido assim... Vendo os cuidados
Que você tem de torná-la uma refém, do pecado. 
 
Soneto 022: Praia e sol flash!

 

Naquela tarde de sol flash, as pupilas dos meus olhos fotográficos,
Tinham tanta coisa para ver e fotografar da natureza sistemática!
Mas, às vezes me prendo a imagens dos mulheris fantásticas!
Que fico desinformado das demais paisagens praianas, geográficas.

 

As paisagens daquela praia são lindas, segundo os turistas de visão,
Companheiros de viagem que foram juntos naquela excursão...
Mas, só consegui vê... As meninas brincadas de bola na areia,
Com seus corpinhos lindos e bronzeados; sedosos e de alma cheia!...

 

Tinha-se a impressão que nunca mais acabaria aquele dia...
Mas, foi bem mais curto do que se pensava...
Rapidamente o ponteiro do relógio providenciou-nos a desalegria,

 

Com o crepúsculo tardio de faixa de aviso, para voltarmos ao ônibus,
Já quase em hora de partir... E eu parti com o coração sangrando,
E a alma balançando qual aquela bola as mãos delas, jogando...

 

Soneto 023: Cíntia gaúcha

 

Cíntia Mourão retrata a doçura da nudez feminina,
Numa representação de Eva no paraíso.
Só que seu paraíso é feito entremeio o capinzal liso...
De uma fazenda de pastagens de gado bovino.

 

Cíntia põe um galhinho de capim entremeios os dentes,
Perfeitos a sorrir... E com certo ar de liberdade no olhar...
Parece nos dizer: ah! Que bom se a vida fosse assim, solta ao ar...
- Se a gente pudesse andar nua... E saciar os olhares carentes...

 

Não existe roupa mais bonita, de que a própria pele do corpo.
A gente gasta tanto dinheiro com roupas caras de etiquetas famosas!
E os homens nos preferem assim: nua com as pétalas de uma rosa.

 

É isso aí mesmo minha princesa! Acertou de cheio! Você é linda!
Nenhuma roupa é melhor, que a sua pele macia e cheirosa!
Você é mais pela de que todas as rosas dos jardins... E mais gostosa!

 

Soneto 024: Fuga e conversão de um marginal

 

Havia um beco sem saída bem adiante da fuga de um marginal,
Que por pouco... O pavor da perseguição policial
Não o pôs ao suicídio frontal. Mas o pulo de gato lhe tomara
Por um instinto animal - que nem ele entendera naquela hora...

 

Então o tal pulo o jogou sobre as águas de um rio sujo
E o fugitivo ganhou espaço de salvação a sua vida finita:
Não era hora de sua morte ainda, por mais que a razão, a dita...
Só sei que ele vazou como um peixe – num mergulho de abuso...

 

Mas foi naquelas águas fedorentas - que o moço sumiu
Aos olhos da policia e muitos curiosos, torcedores de sua morte:
Caindo-se da outra banda do rio ele se escafedeu num só pinote.

 

Nesse dia, a fuga convertia o tal moço numa criatura:
Nunca mais roubou e nem matou, pois o seu amor, sem demagogia!
Brotou e o levou a Deus: há 20 anos ele é cristão na Santa teologia.   
 
 Soneto 025: Samara Carioca

 

Quando Samara joga o seu sorriso no ar... Tem-se ali o fulgor!
Esnoba nos dentes perfeitos a mesma beleza que se tem por dentro.
O seu sorriso é um sol de luz dourada, que ilumina com a luz atenta!
A alma turbada de um homem solitário e carente de amor.

 

Samara traz no seu olhar faceiro e candente, um profundo mergulho...
De mistério e doçura, que imaniza o coração da gente,
Num repente, tão gostoso e assustador... Que o indecente,
Tem-se a sensação de que se sobe aos céus em brilhantes fagulhas...

 

E depois, desce-se ao inferno ao fogo dos bagulhos...
Enlouquecido de amor e prazer, no oposto paraíso...
- Samara, você tem um corpo de mulher e alma de menina!

 

Os teus olhos de espiã, lábios de cereja doce é como se fosse brisa...
Pois, refrigera a minha alma e alegra meu coração.
Sei que te alegras e ri dessa minha ilusão... De amor por ti!

 

Soneto 026: Língua sem freio

 

De que adianta essa santidade oca...
Que lhe tira até o direito da cervejinha na boca.
Se, delira em ti a tua língua comprida,
Com palavras de jugos atrevidos;

 

Onde falas mal todo mundo com palavras loucas!
(Isso te revidará a alma - chutes e socos).
Nem sabes! Como é cruel essa tua língua felina,
Que tem veneno de cobra operando extermínio...

 

Quando o teu veneno não mata, deixa as almas feridas!
A sua loucura incoerente suja o seu nome de crente...
E ofende a índole do juízo do Deus único e vivente!

 

Pra ser cristã assim é melhor não ser nada!
Deus é um Juiz perfeito e colossal
E jamais passou o poder do juízo a qualquer ser mortal.

 

Soneto 027: O golpe da cigana

 

Mal fazia uma semana, quando as lágrimas de Jânio,
Ainda molhava o pano pela a ausência da falecida.
Quando já lhe esbofeteava uma tapa cigana,
Da aventureira marciana toda compadecida...

 

Que com luvas macias, ia lhe esbofeteando...
E, sem saber... Sabendo! Que aquela condolência...
Era luva macia a esbofeteá-lo por debaixo dos panos:
- Jânio caiu-se na indecência de sexo com urgência!

 

Eram dois lindos olhos verdes como hortelã...
E atraentes como um talismã enfeitiçado de desejos...
Triturando todos os desejos como um moinho delicado,

 

Que do grão fazia o branco pó... E do pó do pão!
A cigana comia-lhe a alma e o coração:
- Sua fortuna rolou-se pelo o rodamoinho do furacão.
 
Soneto 028: O bom senso no amor            

 

Quando uma desilusão estraçalha o coração da gente.
Torna-se difícil, cerzir tamanho estraçalho...
Por isso, boa parte dos homens logo bota retalhos...
De mulheres livres que vivem de fretes de homens carentes.

 

O bom cerzimento, hoje em dia, está se tornando uma coisa rara!
Pois, para achar alguém que preencha o vazio do tal estraçalho,
Deixado por um amor desacertado, no lépido chacoalho,
Não é fácil! (Mas, é preciso arranjar remédio que sara).

 

Senão, viverá solto... As mãos de mulheres que são remendos...
E logo que estiver sem elas, voltará à desilusão e a carência...
Carência do bota remendos ou tira com as mãos... Tremendo...

 

Vida assim, não é vida não! Todo mundo precisa ter um amor,
Que ilumine e o aqueça, o dia-a-dia com as chamas do fulgor,
Em palavras e caricias! (mantendo armado o reator).

 

Soneto 029: Raciocínio matrimonial

 

Relativamente, o amor que sentimos um pelo outro:
- Não exige o exercício do sexo por agora...
Por isso, ficaremos juntos, jamais se sairá fora...
- O nosso amor em nada libera para deixarmos soltos...

 

Toquemos assim, ó meu amor, a nossa rotina diária!
Acho melhor, a compreensão de ambas as partes:
- De que os desvarios das loucuras que fazem torpes artes...

 

Buscando um recomeço com desejos incendiários...
Se, o nosso amor for maior, de que o fogo da vã paixão...
Esperaremos o sopro do tempo certo na reabilitação,
Deste fogo agora dormente... Reacender a mesma paixão!

 

Sabemos que os nossos desejos dormem, isentos da incisão,
Que já fez a tantos casais abraçar a separação!
- Nosso caso é outro caso: Tende ó Deus de nós: Compaixão!

 

Soneto 030: Efeitos Tecnológicos

 

Já não há mais, os delicados manejos, nos indispensáveis flabelo...
Que os Diáconos exortavam as moscas aos celebrantes,
Em alfaias eclesiásticas. Hoje, tudo é ainda mais prático e belo!
- desfrutamos de ventarolas ágeis e exuberantes!

 

A tecnologia da era moderna exonerou totalmente o uso dos flabelo,
Implantando o sistema mais adequado a nossa era.
E ainda que os objetos das antiguidades sejam veros,
Artesanatos de artes manuais: belos e sem rebelos!

    

Não podem ocupar espaços de uso na sociedade moderna.
Mas mesmo assim, cada qual, tem o seu valor especulativo,
Nas paginas da historia mundial por tempos eternos!

 

Por isso, tudo o que já foi na história, ainda sobre existe!
Ainda que de alma colada nas páginas da nossa história.
E quando descolam e voam... São asas da mídia, que explora!
 
Soneto 031: Guerra sob tempestade

 

Hurra! Hurra! A bordo de um navio de guerra!
Sobre ondas iradas e caturras.
Os alemães amedrontados aos empurrões...
Com medo da tempestade e da guerra.

 

O mar amedrontado pela procela!
Não tomará nenhum partido:
- se contra ou a favor... Não estará dividida!
- Acochará a porca na arruela:

 

- Tropas alemãs e Argentinas, morrerão...
Todos morrerão! Aos acochas da carabina...
A qual tem a tempestade sórdida às mãos...

    

Ela é pior de que qualquer exercito armado...
Porque a ninguém matará com armas de fogo:
- Para ela a guerra dos homens e defesa de bobos!

 

Soneto 032: Alma migrante

 

Migra, migra... Ó alma minha: Rufla...
Ruflam-te as asas... Pareces silvestre
E saia logo deste ninho: Ufa! Ufa!
- Tu não és pato selvagem (o agreste);

 

Nem tampouco uma andorinha...                                                                                                           
- Mas poderá ser outro pássaro                                                                
Discernindo os pergaminhos...
Com os olhos do teu Deus, astro...

 

Sei que tu não és homem sozinho.                                         
Pra viver num ninho gelado,
Sujeito aos icebergs dos pecados...

 

Antes que o gelo deixe... Ó alma congelada,
Pelos o calor das chamas mortais...
É preciso imigrar... Junto às palavras exortadas.

 

Soneto 033: prisioneiro das lembranças!

 

Dentro do oco do meu peito, a um combate,
De lembranças enfraquecidas que se Batem,
Por todos os lados, num semi-revoar...
- Quais os pássaros da gaiola tentando se safar...

 

Ó alma chorosa que tanto choras!
A dor dessa prisioneira desilusão!
De um amor que martela desejos de outrora,
De uma velha e vencida questão!

 

Desprende-te agora ó alma!
E ponha para fora dessa gaiola,
Que te enche o peito com o vazio de solidão!

 

Ó alma que choras! Arranca de ti essa gaiola,
Exterminando o contínuo sofrer:
- Pegue, pois a sua viola... E cante pra sobreviver!
 
 Soneto 034: A execução!

 

Quero ver agora... Saíres dessa muralha,
Seu matador canalha.
Cadê aquela sua valentia, por ti executada?
De quando a sua alma encardia de pecado.

 

Agora, pra todo mundo... A tua morte é sorte!
E se pudessem ter obedecido às profecias...
Muito antes disso, morrido teria!
Já executado junto a outros lotes...

 

- Adiabo... Alma negra! (PA, PA, PA...).
- Coma fogo! Beba enxofre!
No arraial da pã maldição! (PA, PA, PA...).

 

Adeus e vá com Deus é para os bons!
Adiabo e vá com o diabo e para os maus!
E, entremeio fica o mistério nos semitons.

 

Soneto 035: O coração é um filtro

 

A terra é o rim... Que embelecida,
Põe o fim, nas impurezas casuais:
- Os monstros não existem no plano: vida!
Aos cuidados visuais!

 

Mas, existem nos campos invisíveis e reais:
- Psicológicos e espirituais!
- os monstros que destroem a mente humana,
Com registros sensatos ou insanos.

 

- Assim também o coração humano:
- Lá dentro estão se equilibrando...
As duas porções (o bem e o mal).

 

A mente coordena o coração!
E ai daquele que maneja a vida com irrisão...
Será réu de juízo no jugo final.

 

Soneto 036: O coma de Gilberto

 

Ali estava no UTI de um hospital,
O corpo semimorto na coma...
Apedrejado por vários hematomas...
- Que ao visitá-lo fazia-nos mal!

 

Marisa, a esposa chorava com pranto enorme...
A pré-morte de Gilberto - O seu homem!
E já comovida de tão íntima compaixão...
Ficava a imaginá-lo dentro de um caixão...

 

Enquanto isso... Os foliões do inferno,
Maneavam os seus espetos enormes!
Para arrastá-lo para suas cavernas...

 

Porém, de repente o infeliz acordou-se...
Pedindo água e comida:
Marisa ficou chorando louca da vida!...
 
Soneto 037: Irene duvidosa

 

Quando o olhar candente de Irene, estucha...
A sua cunha ardente em desejos!
A excitação por tê-la até me murcha,
O prazer e me carrega de pejo!

 

Tenho prazer até pra mais de uma mulher!
Mas os desejos de Irene se descambam...
Em desníveis receosos pra caramba!
- Irene, Irene! Vê lá como é que você me quer?...

 

Ela tem um comportamento extravagante!
De mulher exótica, instinto perdido...
Que não se sabe muito bem, se é isso ou aquilo...

 

E, eu fico a imaginar...
Será que estou nos braços de uma mulher elegante?
Ou nos desejos perdidos de uma mulher elefante?

 

Soneto 038: O susto da tiazinha

 

A tiazinha na cozinha lavava as louças
E depois as enxugava no estropalho.
Um dia... Levou um susto de grande força!
Por causa de um moleque fedelho, canalha.

 

O desgranhento estropeou a porta,
Com uma violência tamanha,
Que a Tiazinha caiu-se toda torta,
Com um problema tamanho de uma montanha.

 

O vaso de louça e luxo que ela enxugava,
Veio a cair-se em mil caquinhos...
E a sua coluna torta entrou em desalinho...

 

Malvado moleque, fedelho da peste!
Sabia muito bem do problemão dela:
- Pois aquilo, já tinha até virado até manchete.

 

Soneto 039: velha coroca

 

 [...] De pano estrapilho na pia tinha-se de pilha...
A velha coroca ajuntava de monturo,
Porque não tirava logo dali: ficava como entulho...
Como estropalho estrapilhos numa tulha...

 

A pia era como um depósito de podridão,
De panos de prato piores de que panos de chão...
Puxa vida! A velha coroca tinha faro não!
- o seu faro estava bloqueado por uma corrosão...

 

A velha não sentia o fedor das toalhas,
Nem tampouco via a sujeiras...
- As suas toalhas pareciam repicadas a navalha.

 

A velha coroca tinha corrosão...
No olfato, na mente e no coração.
Credo em cruz! Vige Maria! Ainda lhe falta a visão.
 
Soneto 040: Espíritos decaídos!

 

Os ares estão estuporados de espíritos vagantes...
Que não tem asas para subir aos céus...
Nem tampouco corpos para andar na terra...
E para o bem: trôpegos e petulantes.

 

Foram jogados por Deus, de lá do cume dos céus!
Porém, não caíram literalmente na terra:
Vivem nos ares em horrenda guerra,
Tentando achar um corpo pra sair do seu léu.

 

E, fazer dos corpos e espíritos humanos,
Prisioneiros dos seus enganos,
Para arrastá-los aos bancos de réus (fogo do inferno).

 

Os espíritos das trevas são invisíveis vagabundos...
Que invadem a casa humana dos corações,
Danificando os bens de Deus, com borrões profundos!

 

Soneto 041: O velho Ucha

 

O velho Ucha comeu tanto... Que limpou a mesa...
Saciou-se tanto... E caiu num sono de profundeza,
Que dormia com exuberância da saciedade,
Com os seus roncos de eterna felicidade!

 

O velho Ucha roncou tanto, que balançou a rede...
E derrubou-lhe a dentadura (perereca verde).
Mas, o seu sono era de tamanho adormecimento...
Que o velho expôs outra vez, a barrigona ao vento.

 

O barrigudo só acordou após ter ouvido,
O latido estridente do seu cão sarnento;
Que feliz brincava com a sua dentadura grudenta!

 

Quem viu a cena, não sabia de quem tinha mais dó...
Se, do cão sarnento ou do (soneca gorducho),
Que corria atrás do cão com sua cara de gaúcho...

 

Soneto 042: A caça

 

Quem vive a caçar bichos...
- Tem esse exótico prazer!
Ou porque acabou a linguiça...
Que mantém o seu precioso viver!

 

Mas, tem dia, em que se caça, e nada se pega!
- Esse é o dia da caça, das feras fujonas,
Fugindo do maldito pega-pega...
Das ciladas que matam se não fugir da zona...                                                

 

Esses humanos!
São piores que os seres irracionais,
Ao comerem as carnes de animais.

 

Os caçadores retornam da selva,
Sem as carnes com umas caras de bobos...
- São uns vermes, armados de tiro a fogo!
 
Soneto 043: A vingança do mar

 

Hurra! Hurra! A bordo de um navio de guerra!
Sobre ondas iradas e caturras...
Os alemães amedrontados e burros!
Com mais medo da tempestade que a guerra.

 

O mar amedrontado pela procela!
Não tomará nenhum partido: contra ou a favor...
Da tropa alemã ou Argentina. O desamor,
Certamente esmiuçará ambas as tropas!

 

Morrerão todos! Nesse drástico concretismo.
A procela, que jaz sobre o mar ouriçado...
É pior de que qualquer exercito armado...

 

Porque ninguém a matará com armas de fogo!
Para ela a guerra dos homens e defesa de bobos!
- Morrerão a todos! De armas carregadas.

 

Soneto 044: A dor das lembranças de amor

 

Dentro do oco do meu peito, as lembranças enfraquecidas...
Batem-se... Por todos os lados tentando o semi-revoar...
Quais pássaros na gaiola tentando se safar...
Da obra morta de uma prisão atrevida...

 

Ó alma chorosa que tanto choras atordoada!                                  
A dor da prisioneira ilusão!
Que ainda martela o amor de outrora, engavetado,
Como a antiga questão!

 

Desprende-te agora ó alma! E ponhas para fora de ti,
Essa gaiola... Que exibe ainda a desglória,
De ser prisão de lembranças ilusórias.

 

Ó alma que choras! Arranca de ti o sofrer:
- pondo pra fora a gaiola de lembranças.
Pegando, pois a sua viola (e cantando pra sobreviver).

 

Soneto 045: O assistente da engenheira

 

Marta é uma mulher bonita e detalhista, mas simples,
No modo de viver e compartilhar
As tarefas de trabalho: Nós trabalhamos juntos e sempre!
 E como era doce, o delinquir coruscante daquele olhar...

 

Ela sempre observava os detalhes de sua roupa e sandálias.
Acho, ela muito preocupada com isso!
Que às vezes até atrapalhava a gente nos compromissos...
Esses cuidados de sensualidade no convívio diário.

 

No começo, eu achava tudo normal. Mas, com o passar dos dias...
Ela começou a inventar coisa da Empresa para ver na rua...
E aquilo era imperceptível aos olhos da equipe, galera sua.

 

Marta era a Engenheira elétrica e eu, o seu assistente!
Em muitos dos lugares que a gente ia, desnecessariamente...
A gente tomava um choupinho e comprava uns presentinhos... 
 
Soneto 046: As duas faces do sábio

 

Se os sábios soubessem, que o saber, corrói as suas almas,
Enquanto se faz, o depreender da ignorância...
Garanto que prefeririam ser ignorante, de que viver a ânsia,
Da inconstante busca em que sua mente espalma...

 

Em tudo, que há uma troca de valores!Há um preço por penhor...
Se a ignorância tem taxa zero de valor... No ilustre saber!
Há o triste horror, de pagar altas taxas pra ver...
Os novos valores! – se houver uma boa recompensa, vale o ardor...

 

Haverá aplausos!... Na alma do sábio e dos seus avaliadores...
Ela é a recompensa de tais valores! Mas, quando tudo se aperreia...
O sábio fica trouxa... Virado dos avessos... E de cara feia.

 

Pois, virado dos avessos... Perde-se o adereço de sábio!
Ao dar de graça toda a sabedoria que tem!
Vivendo dos avessos... Sem nenhum vintém!

 

Soneto 047: A fama decaída

 

Empolgada pelo “EUGE”, dos aplausos das multidões:
A menina cantora se perdia pelo o barulho da sua fama!
Em elevados mirantes de ilusões!
- A cantora mirim se sentia uma deusa... Dona das chamas...

 

- Porque estava nos corações dos seus fãs!
Quais os encantos das deusas cortesãs,
Ao olho da cobiça dos homens no auge das excitações!...
- A cantora mirim se sentia uma deusa: Ilusões...

 

Mas, tão logo e infelizmente: O seu castelo de sonhos,
Desmoronou-se ao chão, fazendo-lhe engolir a depressão.
A menina exarava ao seu empresário, com devoção!

 

Pelo amor de Deus!... Ajude-me mais uma vez,
A subir ao meu lugar de exaltação!
- Ela queria ver os fãs aos seus pés, sob a sua iluminação.

 

Soneto 048: Os invasores do amanhã!

 

[...] Se, sois invasores do amanhã!...E fugitivos do ontem inacabado...
Agora sois: transeuntes apressados... Que carregam a carga do ontem,
E parte da carga do hoje inadiável. Sois fugitivos do ontem inacabado...
E já vos embalam outra vez aos mesmos erros de fuga que lhes vem...

 

A ganância humana é infinda... Até que venha aquele que é dono fim,
Para tudo consumar: Pondo eternidade de fogo e luz!
E cada qual no seu lugar... Vos, sois invasores do amanhã capuz!...
E fugitivos do ontem inacabado, numa fuga para o nada, enfim...

 

Agora sois: transeuntes apressados, com fardos desumanos de pecados.
Se todos pecam... Mas, ai daqueles que não lavar as suas vestes,
Nas águas que convém! E receber o espírito de fogo que reveste,

 

A alma humana (do senhor de todos os bens!), deixando-o interligado...
Será triste aos pecadores - de pecados injustificáveis!
De cujo coração; onde não se encontrou o bem dos tempos aceitáveis!
 
 Soneto 049: Sistemática rotina

 

Eu tenho uma janela na frente da minha casa, que de tanto olhar por ela:
O meu coração se arrasa! Já estou enjoado de ver as folhas verdes,
De uma árvore toda torcida... E uma idosa deitada à rede...
Num continuo balançar-se, quase esquecida... Sinto pena dela.

 

Ela vive a balançar-se no asilo dessa rede: Ali mesmo ela come e bebe!
- Ali mesmo ela mata a fome, a sede e engorda... No asilo da rede.
- Já cansado de ver tanto verdes: Da casa, da árvore e da rede;
Resolvi mudar a minha janela para ver se passa a febre...

 

À esquerda do quintal: tem uma moça bela de desejo aceso!
Que todo mundo lhe chama de princesa!
Só espero que ela não faça comigo, o mesmo...

 

O mesmo que eu vou fazer com a vizinha idosa...
E resolva mudar também a sua janela de lado,
Para evitar me ver e ouvir as minhas prosas de apaixonado.

 

Soneto 050: Vila morta!

 

A Vila Zelinda é tão morta! Que os maldosos perguntam,
Por que, não a enterrou ela logo de uma vez?
- Mas a população emprega um amor sem escassez...
Apostando no progresso da vila que sempre acreditaram!

 

Na verdade a esperança deles já criou uma forte raiz!
Mesmo não sabendo ainda; que já estamos trazendo para cá:
- Um posto de gasolina, algumas fábricas...
- Uma faculdade e o Hipermercado: “Compre Feliz”.

 

A vila Zelinda vai ressuscitar em breve!
E todos vão adorar a cara nova da Vila!
- E ainda que não me re-eleja... Ou Deus leva...

 

Ainda que eu não desfrute junto a eles, a felicidade!
De do progresso numa cidade de cara nova!
Estarei feliz por vê-los saciados, de tal ansiedade.

 

Soneto 051: Loucuras de amor

 

Ah! Que loucura imensa... Que ar pesado e quente...
Cai-me na alma suspensa... Que de atrevida e imprudente,
Ainda se debulha e pensa... Em ajuntar grão por grão
Dessa minha tão pobre intensa (recordação)...

 

Ah! Que loucura imensa... Desse amor fútil e foragido;
Que antes era do recato manso e unido,
Da mais precavida união! - Mais você foi embora:
Deixando-me na solidão, em que minh’ alma chora.

 

Que ar pesado e quente... Cai-me no coração, glutão!
Que penado e denso de solidão! Sem saber que caia, caiu...
Em teus mil laços... Embrulhado em teia de algodão,

 

No teu olhar acetinado de paixão... 
Sou uma aranha pendurada na teia,
Da mais pujante ilusão... De amor! 
 
 
 
Soneto 052: Negras

    

Essas africanas: são negras das tetas doces...
Quais as jabuticabinhas... Em lábios de amores.
Cada qual, quando baila, deixa nos ares,
O perfeito néctar das flores e seus closes...

 

E nos olhares deixam os insultos de amores...
Apregoados entrelinhas... Como flechas candentes!
Cruzando uma plateia animada de gente,
Perdida e excitada de desejos de impudores...

 

A plateia vestida de roupas parece nua pelos os insultos...
Dessas mulheres negras e doces: doces e boas!
Como as jabuticabas no deglutir das pessoas, cultas...

 

Acho quase impossível, que um verdadeiro macho!
Não sinta eletricidades no facho...
Quando se depara com uma negra assim: doce e boa!

 

Soneto 053: Carecas e cabeludos.

 

Os cabelos dos carecas estão dentro dos miolos,
Os macetados num monjolo...
Que não conseguem por pra fora,
Para cobrir a cabeça de cabelos pra fora.

 

Deixai pra lá os pobres carecas... Melhor assim!
De que ser quais esses outros homens, enfim...
Que tem cabelos de bonecas,
E enjoo de pererecas... Vixe!... Heureca...

    

Achei! Está passando alguém com um rabicho enorme!
 - Ola meu gato escritor... Estou tão carente de um homem!
- Sai fora bicho! Ta me estranhando?

 

Sei que estilo de cabelos não muda sexo de ninguém!
São as visões do povo no circuito do vaivém...
- É lá dentro da pessoa que está tudo o que ele tem.

 

Soneto 054: Enchentes urbanas

 

A chuva que batem nos tetos da casas,
E escorregam pelo chão e vaza...
Entopem os bueiros e raros fazendo alagação...          
E arruinando as moradas em desnívelação.

 

Quem a nivelará o desnível geográfico?
Ou quem, arranjará fuga à tamanha vazão,
Para um monturo de águas, em sensaborão...
Em voluptuosas jornadas sistemáticas...

 

Se quisessem, talvez pudessem, quem sabe?...
Poderiam aliviar a população desse desconforto!
Mas, quem pode não ajuda; e quem ajuda não pode,

 

Não pode, construir esse sonho na vida do pobre...
- Do pobre comprador de terreno nas baixadas...
- Que, no pouco recurso ou avareza, entrou numa furada.