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Trecho do Romance Espelhos de sol
Trecho do Romance Espelhos de sol

   Espelhos de Sol

 
Cabral VeríssimoSão Paulo 2009 Espelhos de solCopyright © 2009 by Editora Baraúna SE LtdaProjeto Gráfico e DiagramaçãoAline BenitezCapaVictor TossoCIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ. V619eVeríssimo, Cabral.Espelhos de sol / Cabral Veríssimo. - São Paulo: Baraúna, 2009.ISBN 978-85-7923-011-01. Romance brasileiro. I. Título.09-2059. CDD: 869.93CDU: 821.134.3(81)-304.05.09 07.05.09 012437 Impresso no BrasilPrinted in BrazilDIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À EDITORA BARAÚNAwww.editorabarauna.com.br Rua João Cachoeira, 632, cj. 11CEP 04535-002 Itaim Bibi São Paulo SPTel.: 11 3167.4261www.editorabarauna.com.br

Coordenação literária

Ser escritor é ajuntar tudo que existe por fora e por dentro... Expelindo, nos repentes que nos sobrevêm para suprirmos as necessidades dos textos (e não as nossas), alimentando seu corpo significativo e dando beleza à sua vida através dos significados.

É aí que precisamos deixar novas essências no seu corpo, através das inspirações, e todo o vigor de vida possível (com significados bem originais!), sem nos importar com o tipo de suas narrativas, sejam elas quais forem...

A raiz literária não é como as raízes de uma árvore, que só produzem determinado tipo de frutos. A raiz literária pode ao mesmo tempo (ou com o passar dos tempos) produzir gêneros diferentes... Porém, os seus frutos confessarão que a raiz veio independentemente da qualidade genérica.

Porque nós vemos e vivemos muitas coisas que se detêm em nós até que então sejam arrancadas de nossas almas pelas inspirações, revelando aí... Gênero e conhecimentos adquiridos.

Ser escritor é munir-se de mil coisas... Sem se esquecer da beleza da vida e das paisagens, das coisas sérias ou até mesmo das bobagens... Que a vida nos oferece!
Ser escritor é carregar consigo os dramas e as alegrias que as vidas coam... Sem se importar se são suas (ou de outras pessoas). Ser escritor é sentir na pele o entusiasmo das alegrias, e os gemidos das coisas...
A nossa esperança (a de todos) é que um dia as coisas possam mudar...  Enfraquecendo osgrilhões da miséria e da marginalidade (e até mesmo os grilhões das doenças incuráveis...) que tanto fragilizam a esperança da humanidade.
Mas tomara que existam entre nós homens valentes, sábios e otimistas para derrubar certas estatísticas (de crimes, de misérias e de doenças críticas), descobrindo recursos, remédios... E nos códigos de leis criminalísticas.
Somente assim veremos os nossos sonhos concretizados e uma ilustre mudança para outras narrativas: Aí, sim, elas irão brilhar... Qual uma noiva ao pé de um altar: elas terão sabor de lua-de-mel.
Mas, para isso, é necessário chuva, sol e terra (sem falar do adubo e dos cuidados indispensáveis que deverão estar em cada um de nós) em prol dessa grande massa brasileira.
Ser escritor! É narrar as condições de sua gente misturadas as suas... Porque ele é raiz receptora... E não somente raiz, mas árvore verdejante e frutífera (e toda árvore precisa prosperar na medida do possível) e melhorar o seu fruto.
Há muitos escritores que narraram as misérias de seu país ou mesmo de uma região, e isso não significa que eles o criticaram...
Porque muitas vezes ele é uma das vítimas ou sente na pele a dor de seus irmãos co-patrióticos (e ama sua sofrida nação).
Toda árvore narra boas ou péssimas condições... Não as suas... Mas as da terra, do clima, do tempo.
Assim fazem os escritores com seus sentimentos e convicções... Esperando sempre poder narrar coisas belas e reais!  E quando querem fazem por ficção: Alguns estão bem arraigados aos confortos dessa vida, mas, são intérpretes do mundo... Por isso narram os dissabores em seus textos, que são os frutos do grande macete, mas, não os deles.
Literalmente ele é uma árvore judiada - e não poderá falar somente das coisas boas... Porque o seu aspecto narrativo é semelhante a uma árvore, que está com folhas decaídas e ramos secos... E até mesmo com suspensão de muitos frutos viçosos.
Ser escritor é ser procurador literário de um constituinte invisível aos olhos dos outros... Mas cada qual conhece aquilo que carrega consigo (lá dentro...).
Ser escritor é arraigar sua própria raiz todo o tempo...
Porque é ela a coordenadora da nossa alma perante os escritos (fornecedora de disposição, de ordem e de método preciso)!
Cabral Veríssimo é apenas um pseudônimo - mas, considero como se fosse o verdadeiro nome dado a minha raiz - ele é o constituinte (coordenador literário) e eu, o procurador de sua existência invisível!
Mas apertadíssimo que ele nasceu comigo, no dia 25 de agosto de 1960.
Cabral Veríssimo é o homem oculto em José Vieira Cabral, que pelo seu imenso esforço, já publicou sua primeira obra num volume intitulado: MOMENTOS... (antologia poética), sem se manifestar. Porém agora sim, neste romance, Espelhos de sol.


CONSTITUIÇÃO DO VOLUME: ESPELHOS DE SOL

 

A constituição do título deste romance, Espelhos de sol, foi tirada de uma parte do capítulo IX, intitulado: Os ossos brancos (viajantes do espaço).

 

No silêncio daquelas tardinhas... Eram agitadas as traquinagens daqueles meninos... As tardes transbordavam sossego até as terras vivinhas. Os meninos desocupados soltos pela vida levavam pelas lavouras estilingues e embornais abarrotados de pedrinhas...
João e Zezinho reprovavam os maus-tratos que os outros meninos davam aos passarinhos, e não achavam que aquilo fosse uma adversa... Preferiam pegarem-nos vivos em suas mãos e depois soltavam-nos pelos ares... E ficavam felizes Zezinho e João (pelas virtudes dos passarinhos).
Aqueles dois meninos adoravam contemplar no céu o terno revoar dos passarinhos. E numa daquelas tardezinhas: Era agitada a traquinagem daqueles meninos e resolveram sair pelas roças em busca dos passarinhos...
E já estavam distantes em alguns quilômetros... Rumo ao sol poente, em derredor de um casebre. Eles traziam nos rostos peraltas, tépidos olhos aos galhos e fitos aos passarinhos - que ficavam de árvore em árvore, voando... Pulando e pulando... O tempo inteirinho...
Jonas, Lucas e Toninho (entremeio) as árvores daquele imenso arvoredo, embalavam suas malditas pedrinhas... Porém João e Zezinho estavam atentos aos passarinhos (mas não para matá-los): Eles transbordavam nos olhos esbugalhados e tépidos de cismas, uma curiosidade sem-fim... De se adentrarem naquele casebre...
E quando adentraram, então saíram correndo em disparada...
Aqueles dois meninos riam e ria-se tanto um d' outro... Que pálidos e pasmados... Cheios de humores e de cismas... Erradicavam um assombro incrível! Que, quando se encontraram com os demais, foi como que combinados: Então, chamaram-nos:
- Venham com a gente... Encontramos algo legal... Achamos um casebre abandonado. Aqueles cinco meninos foram-se, expelindo, no seu aspecto, entusiasmo e uma só curiosidade: o que será que tem lá dentro?...

 

O casebre era escuro e abafado e na pequena sala ecoava uma luz estreita pela lucerna que o sol cansado derrubava pela fresta...
E aquela pequena luz em diagonal passava pela estante torcida e abarrotada de livros antigos...  E pousava ao espaço monostilos do assento abandonado por perto daquela poltrona - que estava por lastro da porta da sala e do velho carpete desfigurado... Mas as revistas e os jornais registravam a presença de alguém...  E que nem tudo estava totalmente abandonado por ali.
Os pequenos curiosos com seus olhos tépidos arrancaram dali aquela poltrona enigmática... E enrolaram-se os carpetes inexplicavelmente, mostrando-lhes uma porta aberta rés ao chão por onde desceram ao terraço, mesmo ultrajados pelo medo ao seio da escuridão.
Porém quando tocaram os pés ao chão irradiou-se um gigantesco clarão e todos adormeceram... No alvo secreto daquela amplidão.
Depois despertaram em mistérios os viajantes do espaço... Montados em estrelas: belas, douradas e macias... E sob um céu dourado, viam-se planícies, serras e rios... E a água de uns vales se modelava (aos limites do mais belo rio, com espumas de fumaça e formato do Brasil).
O sol era pequeno, mas abrangia todas as miras... Fazendo dos rios espelhos de sol (num planeta que não gira).        O mapa estava cercado de palhas que se estendiam nas cores que eram tretas misturadas com magias... Espalhadas pelos ares, planícies, serras e rios...
As cores eram – verde e amarelo - azul e branco Brasil. E tudo isso se misturava num sonho varonil (livrando-os de um momento hostil).
Uma hora depois... Os pequenos viajantes do espaço voltaram contentes, narrando os mistérios daquela história, com a mesma interrogação:
- O que seria aquilo?...
- Um sonho? ...
- Uma viagem?...
- Ou uma loucura...
Não sei... Não sei... Não sei... (ninguém sabia ao certo).
Inexplicavelmente estiveram num mesmo lugar... E quando despertaram daquele misterioso sono, sendos meninos (de igual modo) tinham nas mãos ossos brancos que reluziam, trocando de cor... E as suas medidas eram 20cm de comprimento por 10cm de diâmetro, com duas cabeças de 5cm de comprimento por 15cm de diâmetro.
Quem havia colocado aqueles ossos em suas mãos?...
Só se sabe que o cinco voltou à colônia vestidos de magia...


PREFÁCIO

 

Espelho de sol é um romance (novela) composto de ficção e de realismo: Suas ações cênicas transbordam emocionante sentimentalismo (de conflitos amorosos e sociais).
Ainda que não tenha registrado todas as ações de cada personagem em suas cenas; observei com todo o cuidado: movimentos, eloqüências, risos e lágrimas.
Algumas cenas não estão discriminadas com exatidão: os locais, roupas, horários e clima atmosféricos (e quantidade de figurantes). Esses mistérios eu deixei no poscênio e no script.
Mas tenho por certo que nesse imenso palco feito de páginas você sentirá a beleza expressa... Procurei caminhar de maneira pacífica para lhe deixar uma rica essência de criatividade com significados bem originais.
No decorrer da leitura você observará certos enriquecimentos que fiz de trechos em trechos, com poemas, contos, anúncios de jornais, filosofias e letras musicais (inspirados nos próprios personagens), que são coadjuvantes capitulares.
Neste romance, Fábio e Bruna Maria são os personagens principais. Neles está todo o desenrolar da história.
Ambos entram em situação difícil por dois motivos: gasto exagerado pela produtora de filmes. Segundo: dar a total direção da Fazenda Bruna Maria nas mãos de Afonso Rosa Mendes.
Afonso é o mordomo que aparece na casa de Bruna qual um cordeirinho precisando de emprego. Porém, não foi por um acaso; porque ele já sabia há anos que ela era sua filha! Mas é impedido de aproximar-se devido a ameaças de morte que lhe são impostas por parte de Paulo Garcia, o novo marido de sua mulher (Carmem B. Garcia).
Segundo a sua versão, Carmem havia lhe trocado por um milionário (Dr. Paulo Garcia), devido à sua pobreza...  Mas as coisas não eram bem assim.
Ele havia ajeitado as coisas para dar um golpe em tal milionário e no fim de tudo ficar rico e com Carmem.
Sob as ameaças de Afonso (que nem era casado com ela legalmente), Carmem começou a dar bola para o tal Dr. Paulo Garcia. Porém, os dois se apaixonaram de verdade! (E Afonso ficou na mão). E para completar o seu azar, Carmem tinha sua filha no ventre: Bruna Maria (que tanto o entristeceu durante anos). Pois Bruna cresceu sem saber quem seria o seu pai verdadeiro, porque sua mãe lhe escondeu a verdade, com sua versão, dizendo:
- Seu pai, minha filha, faleceu ao reagir a um assalto.
(falava e depois caía em pranto)
Quando descobriu quem era seu pai: Bruna chorava, felicíssima! Acreditava em toda a versão do seu pai, adorando-o (sem ter como conferir a verdade).
Bruna não estava preocupada com nenhum detalhe. O detalhe bom mesmo para ela era a grande descoberta de encontrar o Sr. Afonso ao saber do acidente do avião que houve numa viagem que faziam a Lisboa (Portugal), em que vieram então a falecer.
Aproveitou-se então dessa situação para se aproximar, até conseguir o que queria: estar ao lado de sua filha (e posteriormente, com sua sensibilidade, a posse de alguns bens).
Entremeio tantas cenas, algumas são pouco notáveis... Mas outras, engraçadíssimas, como o caso de Tiãozinho, o vice-prefeito de Alma-de-fogo, sujeito excêntrico e falador (o gougre loquaz).
Tiãozinho só usa roupas extravagantes, mas ele mesmo diz:
- São todas antigas, mas bem originais! (capítulo XVIII)
Tantas cenas... Que seria impossível expressá-las num tão restrito prefácio. Mas os seus próprios olhos verão essa imensa tela ou palco as cenas suaves e dramáticas!

 

Um romance pode se tornar às vezes uma novela, um filme ou uma peça de teatro. Espelho de sol é um pouco de tudo isso...
No final deste romance você encontrar um filme, que é feito pela produtora de Fábio e Bruna: O jamaçu (de: Bidd-Arabin).
Esse filme é uma lenda com mistura do realismo que, com grandes emoções, narra a linda história de um menino de apenas 12 anos encantado pela magia da flor roxa do jamaçu. Ele se tornara poderoso pelos enigmas do jamaçu.
O jamaçu é uma flor roxa que nascera junto às águas de um pobre riozinho na Ilha dos Arabins, a qual Bidd já estava à procura há tempos (por conhecer bem a sua história).
Bidd-Arabin (Chefe-Selvagem) achava-se merecedor de obter o tal poder daquela flor roxa. Mas as coisas não foram como pensava. A tal sorte coube ao menino Rhoy, que sobrevoava felicíssimo a ilha com seus pais (Stevan Sabah e Ruth Alisa) naquela linda manhã de sol.
Porém, caindo aquele avião branco com listas vermelhas, Stevan e Ruthi ficaram desacordados.
Rhoy, ainda em si, fora se arrastando até as águas, e mal tinha força para rolar as pedrinhas; e tomou ali, um pouquinho... Molhou o seu rosto e esbarrou na flor... Quando então se irradiou um grande clarão (transfigurando-o).
O menino, pasmado, caminhou até os pais e tocou neles, quando lhes voltou então o fôlego de vida! Pasmados entre si, disseram:
- Rhoy tem poder?
- Sim, meus pais! Agora eu sou Rhoy do Jamaçu, porque recebi o poder da flor roxa do jamaçu.
- Jamaçu, Rhoy.
O Jamaçu é um filme belíssimo! Constituído de lazer, de encantos e da dramática história de Susi Dumont (a cantora da Ilha de Thurui).
- Tenho por certo que você gostará de ambos os enredos justapostos nesta história, formalizando o eficaz significado deste romance: Espelhos de sol.


CAPÍTULO PRIMEIRO

 

A CACHOEIRA (Fábio e Bruna)

 

Quando o crepúsculo tardio se foi, levando as paisagens da terra, a noite chegou, espalhando as trevas no espaço e nas horas. Fecharam-se as cortinas do tempo.
Fábio não conseguia dormir na inquietude da espera...
E quando a negra cortina do tempo abriu no espaço, o sol se mostrou no horizonte azul, lindo e risonho, fazendo uma linda manhã!
Fábio ressurgiu diligentemente à beira daquela cachoeira, após uma longa expectação noturna das tristes horas para mais uma vez contemplar d’entremeio as pedras o doce mergulho daquela linda insônia...
Quando o sol subia pelo horizonte, os seus olhos pousavam sobre as serras e vales em lindas revoadas de pássaros que adornavam a inesquecível paisagem daquela manhã.
Os seus olhos flutuavam... Sobre as águas doces e doces!
Claras e claras... Como os lábios e olhares de Bruna Maria, que brincava deliciosamente nas águas, numa doçura sem-fim...
Fábio estava oculto entremeio às pedras, numa amena espia... Quando de repente os seus pés escorregaram das carecas das pedras miúdas, caindo nas águas...
- Socorro! Socorro! Ajude-me!
Bruna socorreu-o com cuidados e com sermões:
- Engraçadinho você, né... Eu deveria ter deixado você morrer afogado! (se é que é verdade que não sabe nadar...).
Fábio, cheio de gratidão, desculpou-se e começou a caminhar...
Bruna, cheia de curiosidade, começou a caminhar e a gritar:
- Espere, espere! Por favor, me espere!...
Não havia como não esperá-la.
E os dois voltaram contentes e cismados... Até a casa que estava próxima à cachoeira. (Bruna conta-lhe parte de sua vida)
- Sou filha única e perdi os meus pais num acidente de avião. Vivo abatida e sem forças de retomar as minhas atividades... Muitos estão com os olhos esbugalhados em meus bens... Preciso de ajuda urgentemente! Posso contar com você?
Fábio, respondeu-lhe, meio trêmulo:
- Sim, eu acho que pode...
- Posso? Ou não posso? - Interrogou-lhe Bruna.
- Sim, Bruna. Eu vou ajudar-lhe, no que for possível!

 

Ele estava encantado com a beleza e com a eufonia de sua voz...
Tudo lhe parecia um sonho!...
- Embora você não me conheça direito, Bruna...
Bruna: Direito, não... Nada! (mas vou confiar em você) Eu acho que você pode me ajudar! Será?...
Fábio: Sim, eu posso! Embora eu esteja aqui para fugir da grande cidade. Mas o meu lugar mesmo é em São Paulo...
Bruna: Você é um homem livre?
Fábio: Sim, eu sou!
Bruna: Qual era a sua atividade? Se é que posso saber...
- Sim, é claro que pode, Bruna! Eu ia muito bem nos negócios (eu tinha uma loja de tecidos), até que a labareda de fogo me surpreendeu numa noite de carnaval.
Fábio começou a chorar... Inconformado com sua situação (eu devia ter feito seguro de tudo - lamentava-se).
Bruna consolou-o com diversas palavras... Sentindo também a sua dor. Ambos choraram, com dores misturadas...
Mas, de repente, ele se levanta e caminha... Estala os olhos nas molduras da sala, remoendo toda a dor do seu peito ferido e desligando-se do último choro. E ironicamente ele cai na risada. (eram risadas sucessivas...).
Bruna ficou entre o riso e o pranto, sem entender nada...      - Afinal de contas, de que você está rindo tanto assim?...
- Porque estou rindo, oras! Não posso? Não posso?
- O que você está vendo de tão engraçado? Por favor, me explica...
Então, parou e caiu em si, dizendo:
- Perdi tudo o que eu tinha, oras! Num maldito incêndio... Em noite de carnaval! Eu não me conformo de maneira nenhuma, Bruna (tem hora que choro... Tem hora que dou risadas).
Bruna: Por favor, tente esquecer dessa desgraça... Eu nem vou fazer nenhuma pergunta acerca disso.
Fábio: Por favor, Bruna, deixa-me desabafar com você!...
- Se prefere, desabafa, oras!
- Naquela noite, enquanto estava com os meus amigos lá no carnaval, nunca poderia eu imaginar... Uma coisa terrível daquelas... Se eu tivesse comprado algumas propriedades estava bom... Mas eu aplicava tudo naquela loja: tecidos e mais tecidos... E deu no que deu... E me restou apenas  uma pequena chácara e um carro velho, que havia comprado para ajudar um amigo... E vim a conhecê-la!
- Agora, depois que perdi tudo, são apenas dois mil metros e um casebre... Na porta, um carro... Tudo o que me resta de todo o meu esforço durante anos e anos...
Bruna se condoeu grandemente do seu prejuízo.
- Mas por que você riu tanto?
Fábio: Na verdade, Bruna, as lágrimas são a dor da perda dos meus bens! Mas as risadas são as alegrias daquela noite de carnaval, em que muito me diverti com os meus melhores amigos. E simplesmente eu perdia tudo. Agora eu não posso, nem devo sorrir ou chorar diante de tão dura realidade. Certamente nunca mais me esquecerei daquela noite...  Naquela noite, Bruna, eu falava com tanta alegria dos meus negócios para os meus amigos que lhes dizia que eu havia descoberto os meios de progresso nos negócios dentro de uma honestidade que sempre prezei, para crescer mais... E mais!
Bruna: Não seja dramático, Fábio; a tua situação é difícil... Mas garanto que é bem melhor que a minha. Perdi os meus pais a quem tanto amo naquele acidente de avião, e fiquei sozinha e cheia de responsabilidades.
- Precisamos falar sabre isso... Eu te ajudo, Fábio, mesmo tendo te conhecido agora.
Os dois se aproximaram lentamente, com olhos nas carícias e nas palavras de amor!
Fábio, naquele momento lhe disse:
- Olha, Bruna Maria, preciso te dizer uma coisa, de todo o meu coração... Se alguma coisa houver entre nós acerca do amor, não quero aproveitar nem um pouco dos seus bens, ainda que a gente venha um dia até a se casar.
- Casar, Fábio? (disse-lhe)
- Sim, eu creio nas minhas previsões! Você será a minha legítima esposa! (e riram)
- Me conte agora um pouco daquele carnaval, Fábio, estou curiosíssima!...
Narrando Fábio acerca do carnaval que esteve no dia de sua má sorte... (Do incêndio e na loja) ficou mais ou menos assim...
O CARNAVAL
De repente, eu estava numa tremenda algazarra...
Oba, oba... Os meus olhos ficaram perdidos...
O que seria aquilo?... Farra, balbúrdia ou tropel?...
Pareciam enxames de abelhas em favos de mel
Feitos de sambas, mulheres e bebidas.
Artesanato, cores e vidas.

 

Crioulos magricelos, esbranquiçados em linho,
Exibiam  táticas, gracejos e alinhos;
Para contemplar a beleza das passeatas
Em que as lindas mulatas também exibiam
Com rodopios e remelexos...
E, no desleixo dessa gostosa sina,
Elas sambavam com tiras de purpurina.

 

Oba, oba... Também diziam os foliões fanáticos
Em desforra às noites fantásticas!
Pareciam cavaleiros malucos,
Trepados nas garupas, dizendo:
- Upa, upa... Viva o carnaval!

 

O cavalo era longo e colorido, vestido de magia e de ais...
O carnaval estava feito de flores e de fantasias de amores
Para que os fanáticos não o esquecessem jamais!

CAPÍTULO II – O REENCONTRO DE JOHN E IDELMA
Quando a tarde caía...
A terra cansada e exausta já dava as costas ao sol e trazia,
Na face morena, as lágrimas e a doce nostalgia.
As nuvens clareavam e o tempo escurecia
- Que saudade! (como chovia...).
A cidade se banhava... E as luzes pareciam
Purpurina espalhada pela face da cidade maravilhosa!

 

Naquela noite não havia estrelas nem lua
E naquele extenso negrume o aspecto era
De tinta e mais tinta... Espanadas ao caberes do tempo,
Borrando... Ou rebocando o espaço
Ocultando os efeminares da noite
Que parecia feita para o amor!

 

Quando eu entrei pela cidade o tráfego estava brando...
Quanta saudade! Que alegria! Como chovia...
Entrava-me no peito o silêncio com recordações...
Eu recordava Idelma oito anos atrás,
Como se fosse naquele momento...
Eu recordava pequenas coisas... Pequenas coisas...
Mas que haviam se aglomerado no meu peito
E queimavam como fogo... Porque eu não conseguia esquecê-la!

 

Aquela noite pra mim seria uma nova noite...
Enfim, o nosso reencontro, para trocarmos as chamas das saudades por chamas de paixão...
Ela havia partido há oito anos. Sem brigas e sem explicações...
O que realmente a haveria levado a isso?...
Não havia tido nem sequer um simples peguilho de briga.
Eu me recordava apenas de que, antes de partir para um cursinho que fazia, disse-me:
- Depois a gente se fala...
Tentou me explicar alguma coisa...
E saiu temerosa e nunca mais voltou...

 

Foram oito anos de tristezas...
Sentia-me traído...  Pelo fracasso da minha própria iniciativa, de não ter ido atrás dela. Não foi ela! Mas eu mesmo que me traí naquela hora.
As cenas dos últimos momentos ficaram em mim agarradas: era impossível esquecê-las.
O que levaria ela a agir assim?
Ninguém sabia o paradeiro dela. (por que?).
Eu caminhava pelas ruas, cabisbaixo,
Numa tristeza que me parecia não ter fim.

 

Mas o tempo foi marcado no calendário do destino: eram oito anos.
Numa tarde de sábado estava eu numa casa de campo, perto de Poços de Caldas (M. G.), e de repente nas manchetes do jornal anunciaram...
Polícia Federal
Prendeu hoje à tarde no Rio de Janeiro o traficante de drogas, chefe de quadrilha, Nelson Morgado.
Quando eu ouvi aquela manchete, fiquei no ar... Esqueci de tudo naquela hora... Aquele nome não me era estranho...
Fiquei atento na tela para ver as notícias após os comerciais.

 

Polícia Federal prendeu hoje à tarde, no Rio de Janeiro,
Comerciante dono de uma revendedora de automóveis usados, envolvido em tráfico de drogas.
Segundo a Polícia Federal, Nelson Morgado é chefe de quadrilha de traficantes e usa sua revendedora para despistar as investigações policiais, em que realiza disfarçadamente a distribuição de cocaína. A polícia prendeu-o quando tentava fuga na sua própria residência.
Eu, diante da televisão, vendo sua captura, tremi desesperado.
- Meu Deus! Ali está ela...
- Meu Deus! Não pode ser?... É Idelma!
Realmente, era ela sendo interrogada pelos policiais...
Ela jurava não ter envolvimento, e não tinha mesmo.    Levaram Nelson Morgado para a prisão.
Uns oito ou nove anos atrás, tinha ele uma banca de revistas na cidade e eu sempre ia pegar os jornais e as revistas, e acabei fazendo amizade com ele... Nunca imaginaria que ele fosse o que é!
Fizemos uma boa amizade, e todos os fins de semana ele vinha a nossa casa: era um homem educadíssimo! E dizia-nos ser infeliz... Havia perdido sua esposa e dois filhos num acidente de barco no interior de São Paulo.
Na verdade só podia ser ele mesmo o autor da minha desgraça...
Lembro-me de que, 30 dias depois resolvi apanhar uma revista, quando fiquei sabendo, pelo novo dono, que me disse:
- O senhor está querendo informações do Sr. Nelson? Não sei não, moço... A única coisa que fiquei sabendo é que quando ele me vendeu essa banca ele sumiu da cidade, levando um rabo-de-saia... Isso é tudo que sei...
- Ta bom, muito obrigado pela informação!
E mal sabia ele que ali estava exatamente à resposta relacionada ao desaparecimento de Idelma que tanto perturbou a minha cabeça.
Alguma coisa me dizia... Aquela casa que passou no jornal da tarde era o bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro; parecia-me conhecer a rua e a casa (era exatamente onde eu haviam morado muitos anos atrás e nunca havia comentado com Idelma).
Fiquei satisfeito e parti trêmulo e feliz!
Depois de procurá-la tanto, eu havia encontrado.        Felizmente ali estava eu contornando uma praça bem próxima da sua casa, junto aos carros parados nos faróis vermelhos... Eu, trêmulo e mudo; que alegria!
A noite era chuvosa e fria.
Desci lentamente paralelo à guia da calçada direita. Conferi o número e era o n° 820, que trazia por intuição!
Parei logo à frente e vi... Uma casa linda, toda de pedra.       Confesso que estremeci, irradiando alegria. Quanta saudade! Como chovia...
Desci debaixo de chuva, acionei a campainha...
O cão latia... E latia: Au, au, au... (Na calçada havia um homem que espionava tudo!...).
Lá dentro da casa uma voz feminina gritava e o som era suave:
- Hulk, Hulk... Vem pra dentro... Olha a chuva...
Eu acionei a campainha duas ou três vezes... Então se acendeu a luz da sala... Duas mãos femininas entre as cortinas abriram-nas com todo o cuidado... Quase que não cabia seu rosto na pequena abertura
- Meu Deus! É ela...
E quando me reconheceu, para tirar sua dúvida... Abriu as cortinas com violência e sorriu...
- Espere um pouco, eu já vou, espere...
Realmente era Idelma, com traje de banho, e mandou que eu entrasse... E quando eu entrei, ela chorou... E me disse:
- Por favor, John... Não me condene... Olha o meu corpo como está marcado! Sou ameaçada de morte todos os dias por Nelson e vigiada por seus guarda-costas.
- Guarda-costas, você me disse?...
Idelma: Olha, John, acho melhor você ir embora para poupar sua vida! Eu tentei fugir algumas vezes e me custou muito caro.
De repente o homem que estava na calçada quando entrei encontrou-nos com palavras ásperas...
- Quem é você, hein, cara?
- Não se preocupe, disse eu. Sou amigo de Nelson Morgado e primo de Idelma... Ele não saía da minha casa, nos tempos que morava lá em Poços de Caldas.
Idelma tremeu naquela hora, temendo que ele estivesse a par da história de Nelson. Mas felizmente Nelson só andava na mentira e contava outras histórias.
Mas, mesmo assim ele me disse:
- Você tem dez minutos para se retirar daí dessa casa.          Idelma me deu rapidamente o telefone de uma academia de ginástica que frequentava:
- Amanhã às 10 horas da manhã!
Confesso que naquela noite eu nem dormi direito. Batia-me na cama pra lá e pra cá... Inconformado com a situação de Idelma...
Realmente ela tinha partido de Poços de Caldas forçada por algum sistema muito estranho...
Felizmente me surgiu à manhã e o meu coração já estava acertado acerca daquela situação: eu iria roubar ela, custando o que custasse...
No meu pulso dançante o relógio inquieto e trêmulo marcava 10 horas.
Na academia tocava o telefone... Dona Marta chamava Idelma:
- Telefone pra você URGENTE!
Idelma gaguejava no telefone, trêmula de nervosa, e quase não conseguia falar... E, naquele sábio momento, veio-me então uma esplêndida luz, ideia magnífica...
- Idelma foge comigo!...
- Como assim, John? (o segurança não sai da minha cola!).
- Vamos fazer o seguinte, Idelma: me dê o endereço daí que eu vou te buscar...
- E o segurança, John? (disse-me ela)
Naquele momento me veio uma firmeza tão grande que eu lhe disse:
- Idelma, pede pra ele te fazer algum favor, ou seja, faz de conta que você está conversando com uma amiga, que está precisando de algum favor seu... E pede a ele que vá buscar uma amiga sua que frequenta a academia após você... Porque ela está com o carro quebrado e mora um pouco longe... (o endereço deverá ser bem longe, o suficiente para eu te pegar e fugirmos...).
Idelma decidiu na hora, para provar o seu grande amor!
Ela avisou imediatamente o Sr. Robson, mas o segurança não estava querendo ir de forma alguma. Mas, afinal de contas, ela era sua patroa e o grande cuidado do seu patrão era de ciúmes de outros homens virem a fazer cantada... E até aí jamais imaginava que estive presente na sua casa (ainda bem que não tinha avisado ele, a pedido da patroa).
Robson atende às ordens; tudo correu bem.
Eu a resgatei depois de oito anos e partimos para Lisboa, em Portugal, até outras decisões...

CAPÍTULO III
FELIZ ANIVERSÁRIO (Lucas e Patrícia)

 

Na sala... Os ponteiros do relógio de parede marcavam 23h50min (dez minutos para virar o ano...).
Lá de fora se ouviam ruídos de muitas vozes transbordando pelas portas e janelas:
- Parabéns pra você! Nesta data querida!
- Muitas felicidades! Muitos anos de vida...
- Viva a Patrícia... VIVA!
A sala estava cheia de convidados...
Era 31 de dezembro.
Patrícia completava 15 anos de idade e era parabenizada por todos.
Mas o seu semblante estava triste pela ausência de alguém...
Os ponteiros se encontraram no quadrante do relógio da sala.
O ano virava... O velho morria e o novo ano nascia.

 

Lá fora... O fuzuê dos fogos agitava o negro espaço...
E o fuzuê do povo: lares, ruas e praças.
O fuzuê das festas estava em todos os lugares
Era fuzuê na cidade e fuzuê nos ares...
Fuzuê, fuzuê... Que doce rima...
Botões de pólvora subiam lá pra cima...
Eram rosas de fogo e gigantescos anéis...
Que deixavam na terra
Ramalhetes de papéis... Impunes!
Enquanto todos comemoravam a noite esperada...
Com gritos, bebidas e buzinas.
E se via uma esperança dourada
Nas frases divinas... FELIZ ANO-NOVO!
Essa voz estava nos fogos e no povo,
Na terra e no espaço: vias, o fuzuê se foi...
Pelas horas e fumaças
Porém, a noite não pôde fugir de sua rotina.
Teve-se de ouvir barulho de fogos, bebidas e buzinas.
...Depois viera o sol, com a luz do seu ofício.
Vendo pela cidade ressacas... E resquícios...
(FELIZ ANO-NOVO! FELIZ ANO-NOVO!).

 

Lucas estava lá fora, com um pacote na mão.
Cabelos e barba bem crescidos (e bem tratados).
Entre a casa de Patrícia e os estrondos do espaço...
(causando uma triste expectativa a todos, pelo seu atraso...).
E quando entrou acenou-lhes a mão:
- Feliz ano-novo a todos!
(Patrícia abraçou-o, chorando...).
Depois disso ele abraçou a todos, desejando feliz ano-novo.
Voltando-se para ela, entregou o presente.
Ali estava a surpresa que tanto ela esperava...
- Nossa!...  São lindas amor! (disse ela)
- São as alianças de noivado...
- Que romântico!... (e foi-lhes a noite mais bela!).
Lucas: Feliz ano-novo! Feliz aniversário e noivado, meu eterno amor!
E se abraçaram. (Eh!... Beija, beija...).
Lucas e Patrícia amanheceram festejando pelas ruas...
Com as alianças no dedo, felicíssimos, anunciando uma eterna felicidade!
Dr. Romildo e Dona Lúcia (pais dela) estavam preocupadíssimas: Patrícia era sua filha única e muito jovem ainda...
O moço era boa pessoa (mas um cantor popular em sucesso) e poderia ocorrer uma possível decepção nos dias futuros.
A primeira fã de Lucas Dumont sem dúvida era Patrícia!
E logo se casaram, irradiando uma felicidade sem-fim...       
 Mas infelizmente não demorou muito para que ocorresse a primeira decepção.
Patrícia ficou profundamente abatida quando, numa tarde, em público, Lucas Dumont declarou-se solteiro por causa das fãs (por razões profissionais).
Patrícia chorou...
- Hoje eu mato aquele desgraçado... Deixa chegar a casa, ele vai ver comigo...
- O que você disse?...
- Nada, nada... (para não queimar a sua imagem; e chorou...).
Quando chegou a casa, foi quase impossível contornar aquela situação.
Ela não quis saber de explicações (ficaram de mal mais de 30 dias). Depois... Lucas e Patrícia desceram para a praia de Santos. Agora já estava tudo bem entre eles. Ela entendeu que ele era um artista, e deixou os ciuminhos pra lá...  Lucas dirigia o veículo um tanto calado por cuidado com o trânsito, enquanto ela ia pensando uma multidão de coisas...

 

Os astros que vagam enfeitam...
E deitam no espaço e nos olhos da gente...
Uma felicidade com um fulgor tão quente...
Que tudo tem mais vida
As praias... As noites... As ruas...
As cortinas do apartamento... E as comidas e as bebidas têm...
(Têm gosto dos nossos beijos...).
- Adoro você, Lucas! Você me faz viver mais... E mais!
- Que trânsito, meu Deus!... Não vejo a hora de chegar...
- Ah! Como estou exausta!

 

Falando em voz alta:
- Olha o carro, Lucas – Cuidado!
- Que susto, Lucas... Quase você me matou agora...
- Trânsito é assim mesmo, amor, por isso eu estou um tanto calado... 
É para que não nos matemos de verdade! (Esquece o trânsito que eu cuido do volante...
E você somente ouça a música que fiz de presente pra você).
- Pra mim? Jura?!
- Sim, é pra você! E pôs para tocar...

Música de Lucas Dumont (Patrícia)

 

Quase sempre desço a praia
Nas primeiras horas da manhã
Ela me implora!... Comovido eu choro...
Patrícia é a minha primeira fã!

 

Desço estradas largas... E largo a dor... E, os traumas...
E logo me acalmo e me transbordo...
Você me engorda os desejos desse amor!

 

Ela disse que sou seu talismã... E a minha sorte nela está!
À tarde, à noite e nas manhãs...
E quando eu retorno apaga-se o farol
Dispenso as palhas... Já distantes da manhã
Sem sol e chapéu: sinto a noite e o céu! (Estrelas espalhadas...).
Sou um homem apaixonado por você, meu amor!

 

Dispenso as navalhas na cabeça e na cara...
Desumano e canalha eu não sou, ó, meu amor!
Vivo das canções e das poesias...
E nas cidades e rodovias falo de amor!
Desço estradas largas... E meu coração dispara...
Subo estradas apertadas e os faróis me param...
COMO É BOM AMAR VOCÊ!

 

Vem comigo: à noite nos espera...
Por favor, não se desespera! Sinto a noite e o céu...
E nos teus lábios de mel quero me aquecer!